Liissα Silvαα

Liissα Silvαα

6 de julho de 2011

Porque já não temos mais idade para, dramaticamente, usarmos palavras  grandiloqüentes como “sempre” ou “nunca”. Ninguém sabe como, mas aos  poucos fomos aprendendo sobre a continuidade da vida, das pessoas e das  coisas. Já não tentamos o suicidio nem cometemos gestos tresloucados.  Alguns, sim - nós, não. Contidamente, continuamos. E substituimos  expressões fatais como “não resistirei” por outras mais mansas, como  “sei que vai passar”. Esse o nosso jeito de continuar, o mais eficiente e  também o mais cômodo, porque não implica em decisões, apenas em  paciência. (Caio Fernando Abreu)


Porque já não temos mais idade para, dramaticamente, usarmos palavras grandiloqüentes como “sempre”ou “nunca”. Ninguém sabe como, mas aos poucos fomos aprendendo sobre a continuidade da vida, das pessoas e das coisas. Já não tentamos o suicidio nem cometemos gestos tresloucados. Alguns, sim - nós, não. Contidamente, continuamos. E substituimos expressões fatais como “não resistirei” por outras mais mansas, como “sei que vai passar”. Esse o nosso jeito de continuar, o mais eficiente e também o mais cômodo, porque não implica em decisões, apenas em paciência. (Caio Fernando Abreu)

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